quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

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Nova York chora por John Lennon 30 anos após sua morte
08 de dezembro de 2010 • 20h32 Comentários
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ReduzirNormalAumentarImprimirA ausência de John Lennon fez Nova York chorar novamente nesta quarta-feira, onde centenas de pessoas lembraram do 30º aniversário de seu assassinato e foram ao local onde há três décadas o artista recebeu quatro tiros à queima-roupa das mãos de um fã quando saía de sua residência junto ao Central Park.
"Se estivesse vivo falaria ainda mais forte, sua música seria dez vezes melhor e seguiria discursando ao mundo sobre paz. Eu peço todos os dias a paz, porque ele já não pode fazer", disse nesta quarta-feira à agência Efe Ayrton Dos Santos, um emocionado fã que compareceu, com a camiseta do ídolo, na porta do edifício Dakota.

A entrada desse emblemático prédio, onde na noite de 8 de dezembro de 1980 Mark David Champan, um fã de 25 anos tirou a vida de Lennon, foi nesta quarta-feira lugar de peregrinação obrigatório para inúmeros seguidores.

Depois de visitar o lugar onde o músico foi assassinado, todos foram para o "Strawberry Fields", um jardim do Central Park que tem um mosaico com a palavra "Imagine", título do tema de Lennon que fez uma geração sonhar com a possibilidade de um mundo melhor.

O memorial, muito próximo ao Dakota e que recebeu o nome baseado na canção "Strawberry Fields Forever" dos Beatles, foi inaugurado em 1985 pela viúva de Lennon, Yoko Ono, e nesta quarta-feira foi palco improvisado de vários grupos de música que fizeram um tributo ao artista.

No local, um empolgado fã do ex-Beatle, com um grande cartaz que dizia "A CIA matou John Lennon", disse à Agência Efe que queria "falar para o mundo que quem nos tirou esse grande artista, não só dos Estados Unidos mas de todo o mundo, foi nosso próprio Governo".

Assim, à medida que avançava o dia, o lugar ia se enchendo de um crescente e variado grupo de pessoas que cantavam e choravam sem pudor, e colocavam velas e flores em lembrança do autor de canções como "Help!" e "A Day In The Life".

"Estou aqui pelo meu amor a John, porque ele ainda está muito vivo em nossos corações", expressou por sua parte Hellen, uma fã do ex-Beatle.

Lennon tinha 40 anos no momento de sua morte e acabava de retomar sua carreira com "Double Fantasy", álbum que significava sua volta aos estúdios, após cinco anos de ausência para cuidar de seu filho Sean.

Na noite em que morreu um dos revolucionários da música pop, milhares de seguidores fizeram uma peregrinação espontânea ao Dakota, onde, entre velas, receberam perturbados a notícia da morte do cantor de Liverpool.

Além disso, Nova York lembrou do músico com concentrações, concertos beneficentes, projeções de documentários e programas de rádio, que tentavam devolver a vida por um dia a um dos ícones mais importantes da cultura popular.

Uma das homenagens mais especiais ocorreu através das ondas radiofônicas com a apresentação, em diferentes emissoras, do programa "John Lennon: The Final Interview", a última entrevista concedida pelo cantor, gravada em seu apartamento horas antes de sua morte.

Na entrevista, realizada pela "RKO Rádio", ficou registrada em três horas de gravação e nela Lennon, acompanhado de Yoko Ono, previu "o fim do império financeiro" e afirmou que continuaria fazendo música, mesmo se estivesse "morto e enterrado".

Com a projeção do documentário "Gimme some truth: The Making of John Lennon''s Imagine Album", no dia 10 de dezembro no Paley Center, a cidade também lembrará neste fim de semana da criação do álbum mais popular da carreira solo de Lennon.

Além disso, a imprensa local recolheu nesta semana testemunhos de pessoas que estiveram perto do cantor no dia de sua morte, como o do doutor Stephen Lynn, médico que atendeu Lennon no Hospital Roosevelt de Nova York.

Foi ele o encarregado de anunciar ao mundo que, apesar de ter tentado durante 25 frenéticos minutos salvar a vida do músico, seu coração tinha deixado de bater.

O assassino confesso de Lennon, que atualmente tem 55 anos, cumpre desde 1981 uma condenação na prisão de segurança máxima de Attica, no estado de Nova York, de onde tentou sete vezes, sem sucesso, obter a liberdade condicional, a última vez em agosto desse ano.


Aparecido de Souza
São Paulo Sp Brasil Br

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