Por Wellington Alves
fotos Fabio Mattos
A temporada de chuvas sempre é uma preocupação para o paulistano, mas a Prefeitura se diz preparada para os possíveis transtornos que possam vir a ocorrer e lançou na terça-feira (31/10) o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) para o período de chuvas 2006/2007. O cronograma prevê um trabalho conjunto de prevenção que reúne várias secretarias até 15/04/2007, além da criação do Centro de Controle Integrado (CCI) de São Paulo. Prefeito diz que Túnel do Anhangabaú não terá mais problemas
O Programa de Combate às Enchentes gastou só neste ano mais de R$ 75 milhões em ações que inclui o desassoreamento, limpeza e manutenção de córregos, galerias, ramais e bocas de lobo, além da realização de operações Cata Bagulho e a revisão no sistema de bombas.
Segundo o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, “a chuva é um grande problema para a cidade e traz transtornos significativos, mas a administração vai tentar atenuar ao máximo os seus efeitos”. Ele lembrou que a população pode também ajudar no combate às enchentes a partir do momento em que não joga lixo nas ruas nem em bocas de lobo, córregos e rios.
A capital paulista possui 400 unidades de boca de lobo, 281 córregos e mais de 3 mil km2 de galerias e ramais cobertos. As operações Cata Bagulho conseguiram retirar 17 toneladas de lixo nessas áreas. Dados da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras confirmam que 50% dos setores de alto risco foram eliminados e que no próximo ano estão previstas 70 obras no mesmo sentido. Esses números acrescentam as 6 mil famílias removidas de áreas de risco nos dois últimos anos.
Como vai ser
O PPDC irá coordenar frentes de atuação a partir dos índices de ameaças de enchentes: ‘Atenção’, ‘Observação’, ‘Alerta’ e ‘Alerta Máximo’. Para ajudar a formar esses indicadores, os 32 pluviômetros do município serão averiguados quatro vezes por dia. Existem outros dois parâmetros, ‘Situação de Emergência’ e ‘Estado de Calamidade Pública’, que somente serão usamos em ocasiões extremamente complicadas.
A criação do CCI é o maior trunfo da administração em seu plano de prevenção das enchentes. Ele será um equipamento de inteligência que irá centralizar as informações e estabelecer os procedimentos para a tomada de ações nos casos de emergência por parte das equipes de trabalho. A proposta, segundo o secretario de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, é propiciar “mais agilidade e sinergia no atendimento unificando o comando para a solução dos problemas”.
O Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) é um organismo que monitora as condições climáticas de São Paulo e a partir de suas análises algumas equipes poderão ficar de prontidão em pontos onde possam vir a ocorrer enchentes. Neste final de semana, por exemplo, o CGE prevê um grande volume de chuva, que segundo a Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (CMDC), leva as equipes de trabalho a estar em sinal de ‘Observação’, com possibilidade de ‘Alerta’, dependendo do volume das chuvas.
El niño
O metereologista, Paulo Etchichury, do CGE, disse que nesta estação a temporada de chuvas será diferente devido ao fenômeno El niño, que ocasiona o aquecimento das águas no Pacífico, perto do Chile. As condições climáticas se alteram, principalmente na América do Sul. No caso da cidade de São Paulo, haverá períodos, no caso dos meses de dezembro e fevereiro próximos, nos quais serão potencializadas as chuvas.
Etchichury ainda disse que existe “a tendência de as chuvas serem ligeiramente acima da média”. Ele também alertou que deve se tomar cuidado, pois o El niño fará com que o período de chuvas possa se alongar até o inverno de 2007. O secretário de Coordenação das Subprefeituras explicou que São Paulo precisa de mais piscinões e que existem problemas estruturais grandes que impedem acabar com as enchentes a curto prazo.
Centro
Sobre os problemas no túnel do Anhangabaú, Kassab sinalizou que não há preocupação. “As bombas foram reformadas e hoje estamos preparados em relação ao funcionamento delas em plenitude no caso de necessário o seu uso”, ressaltou. Técnicos da Coordenação das Subprefeituras disseram que o sistema de micro-drenagem próximo ao Mercadão também está em plenas condições.
As equipes do CMDC foram treinadas para eventualidades que poderão ter ajuda do Corpo de Bombeiros, das Polícias e até das Forças Armadas. A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) do município tem armazenado mais de 27 mil itens para famílias prejudicadas por inundações ou deslizamentos.
Aparecido de Souza
São Paulo Sp Brasil Br
O Programa de Combate às Enchentes gastou só neste ano mais de R$ 75 milhões em ações que inclui o desassoreamento, limpeza e manutenção de córregos, galerias, ramais e bocas de lobo, além da realização de operações Cata Bagulho e a revisão no sistema de bombas.
Segundo o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, “a chuva é um grande problema para a cidade e traz transtornos significativos, mas a administração vai tentar atenuar ao máximo os seus efeitos”. Ele lembrou que a população pode também ajudar no combate às enchentes a partir do momento em que não joga lixo nas ruas nem em bocas de lobo, córregos e rios.
A capital paulista possui 400 unidades de boca de lobo, 281 córregos e mais de 3 mil km2 de galerias e ramais cobertos. As operações Cata Bagulho conseguiram retirar 17 toneladas de lixo nessas áreas. Dados da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras confirmam que 50% dos setores de alto risco foram eliminados e que no próximo ano estão previstas 70 obras no mesmo sentido. Esses números acrescentam as 6 mil famílias removidas de áreas de risco nos dois últimos anos.
Como vai ser
O PPDC irá coordenar frentes de atuação a partir dos índices de ameaças de enchentes: ‘Atenção’, ‘Observação’, ‘Alerta’ e ‘Alerta Máximo’. Para ajudar a formar esses indicadores, os 32 pluviômetros do município serão averiguados quatro vezes por dia. Existem outros dois parâmetros, ‘Situação de Emergência’ e ‘Estado de Calamidade Pública’, que somente serão usamos em ocasiões extremamente complicadas.
A criação do CCI é o maior trunfo da administração em seu plano de prevenção das enchentes. Ele será um equipamento de inteligência que irá centralizar as informações e estabelecer os procedimentos para a tomada de ações nos casos de emergência por parte das equipes de trabalho. A proposta, segundo o secretario de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, é propiciar “mais agilidade e sinergia no atendimento unificando o comando para a solução dos problemas”.
O Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) é um organismo que monitora as condições climáticas de São Paulo e a partir de suas análises algumas equipes poderão ficar de prontidão em pontos onde possam vir a ocorrer enchentes. Neste final de semana, por exemplo, o CGE prevê um grande volume de chuva, que segundo a Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (CMDC), leva as equipes de trabalho a estar em sinal de ‘Observação’, com possibilidade de ‘Alerta’, dependendo do volume das chuvas.
El niño
O metereologista, Paulo Etchichury, do CGE, disse que nesta estação a temporada de chuvas será diferente devido ao fenômeno El niño, que ocasiona o aquecimento das águas no Pacífico, perto do Chile. As condições climáticas se alteram, principalmente na América do Sul. No caso da cidade de São Paulo, haverá períodos, no caso dos meses de dezembro e fevereiro próximos, nos quais serão potencializadas as chuvas.
Etchichury ainda disse que existe “a tendência de as chuvas serem ligeiramente acima da média”. Ele também alertou que deve se tomar cuidado, pois o El niño fará com que o período de chuvas possa se alongar até o inverno de 2007. O secretário de Coordenação das Subprefeituras explicou que São Paulo precisa de mais piscinões e que existem problemas estruturais grandes que impedem acabar com as enchentes a curto prazo.
Centro
Sobre os problemas no túnel do Anhangabaú, Kassab sinalizou que não há preocupação. “As bombas foram reformadas e hoje estamos preparados em relação ao funcionamento delas em plenitude no caso de necessário o seu uso”, ressaltou. Técnicos da Coordenação das Subprefeituras disseram que o sistema de micro-drenagem próximo ao Mercadão também está em plenas condições.
As equipes do CMDC foram treinadas para eventualidades que poderão ter ajuda do Corpo de Bombeiros, das Polícias e até das Forças Armadas. A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) do município tem armazenado mais de 27 mil itens para famílias prejudicadas por inundações ou deslizamentos.
Aparecido de Souza
São Paulo Sp Brasil Br
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