Santos joga com cautela e fica no 0 a 0 diante do Peñarol

Santos joga com cautela, fica no 0 a 0 diante do Peñarol, em Montevidéu, e vai decidir a Taça Libertadores no Pacaembu lotado

LUCIANO RINEIRO / MONTEVIDÉU
DIÁRIO SP

TAMANHO DA LETRA

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Não foi a final dos sonhos para o santista. Mas o resultado esteve longe de ser ruim. Com o empate em 0 a 0 contra o Peñarol, nesta quarta-feira, no Centenário, o Peixe precisa ganhar na próxima quarta-feira, no Pacaembu. É o que basta para faturar o terceiro título da Taça Libertadores. "Contamos com a torcida empurrando nosso time como os uruguaios fizeram aqui", disse Elano após o confronto.

Serão 40 mil alvinegros abarrotando o estádio, todos eles ansiosos pelo maior título do clube desde a conquista da América em 1963. Os ingressos já estão esgotados.

O público fez festa espetacular no histórico Centenário. Incentivou o tempo inteiro, cantando músicas que ressaltavam que a Libertadores era obsessão. Mas Diego Aguirre é um técnico com consciência da limitação do time que dirige. Em nenhum momento o Peñarol se arrisca demasiadamente. Tenta extrair o máximo da raça (a eterna característica platina) e das bolas aéreas na área rival.

O Santos era tecnicamente superior, na teoria. Só na teoria. Estranhamente, Muricy tentou igualar o adversário na virilidade. Como já havia feito em outras partidas, entupiu o meio de campo de volantes, deixando apenas Elano como responsável pela armação.

foto: Pablo La Rosa/ Reuters

O craque santista Neymar foi marcado duramente pelo time do Peñarol, mas promete desequilibrar no jogo de volta, no Estádio do Pacaembu

A estratégia não resultou em vitória por três motivos. O meia se escondeu em campo e pouco recebeu passes. Quando isso aconteceu, errou. Várias vezes foi Pará quem fez a criação. Em outras palavras: foi ele quem levantou a bola para o ataque a partir da intermediária da defesa. Neymar estava bem marcado. Às vezes, por três zagueiros.

Zé Eduardo/ Não foi um confronto que primou pelo brilho, mas os dois times tiveram oportunidades para fazer gol. O Peñarol, de fato, marcou. Alonso completou cruzamento, mas estava impedido. Os brasileiros criaram duas grandes chances na etapa final. As duas sobraram para Zé Eduardo. Na primeira delas, ele limpou o zagueiro, mas finalizou em cima do goleiro Sosa. Na segunda, cabeceou para o chão, cruzado. Errou o alvo

Como apenas na final o tento fora de casa não conta como critério de desempate, nova igualdade no Pacaembu levará a decisão para os pênaltis. Mas o Santos terá 40 mil aliados nas arquibancadas para faturar o tão sonhado terceiro título da Taça Libertadores.

Ficha técnica

Peñarol
4-4-2

Sosa; González (CA), Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Freitas, Aguiar, Corujo (CA) (Antonio Pacheco) e Mier (Estoyanoff); Martinuccio (CA) e Olivera (Diego Alonso)
T: Diego Aguirre

Santos
4-4-2

Rafael; Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca (CA), Danilo e Elano (Alan Patrick); Neymar (CA) e Zé Eduardo (Bruno Aguiar)
T: Muricy Ramalho

LIBERTADORES > FINAL ? JOGO DE IDA
Onde: Estádio Centenário, em Montevidéu
Juiz: Carlos Amarilla (PAR)

Otimismo
"O empate foi um bom resultado. No Pacaembu, vamos mostrar o Santos que se classificou para a final da Libertadores"
Neymar,
Atacante do Peixe