segunda-feira, 30 de março de 2009

Bom dia!Agua pura e Cristalina

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Enc:ÁGUA E ENVELHECIMENTO

Domingo, 29 de Março de 2009 18:30



Já bebeu água hoje?



ÁGUA E ENVELHECIMENTO


Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de
Medicina, lanço a pergunta:


"Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?"


Alguns arriscam: "Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não".


Outros apostam: "Mal de Alzheimer".
Respondo, novamente: "Não".


A cada negativa a turma espanta-se.
E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais
comuns:


diabetes descontrolado; infecção urinária; desidratação.


A família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos
ficaram em casa.
Parece brincadeira, mas não é.
Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos.
Quando falta gente em casa para
lembrá-los, desidratam-se com rapidez. A desidratação tende a ser
grave e afeta todo o organismo.
Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial,
aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira" ), angina
(dor no peito), coma e até morte.
Insisto:


não é brincadeira.


Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na
adolescência, isso cai para 70%. Na fase adulta, para 60%.


Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de
água. Isso faz parte do processo natural
de envelhecimento.


Portanto, de saída, os idosos têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade
de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não
funcionam muito bem.
Explico:
nós temos sensores de água em várias partes do organismo.
São eles que verificam a adequação do nível.
Quando ele cai, aciona-se
automaticamente um "alarme". Pouca água significa
menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais minerais em nossas
artérias e veias
. Por isso, o corpo "pede" água. A informação
é passada ao cérebro, a gente sente sede e sai em busca de líquidos.
Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos eficientes.
A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam
prejudicadas.
Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a dolorosa
artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água.
Conclusão: idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem
reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos
a falta de água em seu corpo.
Além disso, para a desidratação ser
grave, eles não precisam de grandes perdas, como diarréias, vômitos ou
exposição intensa ao sol. Basta o dia estar quente - e o verão sempre
vem aí - ou a umidade do ar baixar muito - como tem sido comum nos
últimos meses. Nessas situações, perde-se mais água pela respiração e
pelo suor.
Se não houver reposição adequada, é desidratação na certa. Mesmo que o
idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações
químicas e funções de todo o seu organismo. Por isso, aqui vão dois
alertas.
O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber
líquidos.
Bebam toda vez que houver uma oportunidade.
Por líquido
entenda-se : água, sucos, chás, água-de-coco, leite.
Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi,
laranja e tangerina, também funcionam.


O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro.
Lembrem-se disso!
Meu segundo alerta é : para os familiares ofereçam constantemente
líquidos aos idosos.
Lembrem-lhes de que isso é vital.
Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando
líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora
do ar, atenção.
É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de
desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico.


Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das
Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica
Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).


Seja Feliz !!!!
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